terça-feira, 23 de novembro de 2010

O governo Lula: Mais do mesmo?

O que não mudou:

º A política econômica

A gestão Lula iniciou dando segmento a política econômica do governo anterior. O capital internacional encontrava-se em "debandada" à época. Para tanto, nomeou Henrique Meirelles, para a direção do Banco Central do Brasil dando um forte sinal para o mercado - principalmente o Internacional, em que Meirelles é bastante conhecido por ter sido presidente do Bank Boston - de que não haveria mudanças bruscas na política econômica no governo Lula

º A concentração de renda

A divisão de renda tão divulgada pelo governo Lula, diz respeito a divisão da renda entre os que vivem de salário. Quando na realidade a tendência de diminuição da participação dos salários na renda nacional continuou durante o governo Lula. “Existe distribuição de renda, mas ela é intrasalarial. A riqueza está se concentrando, ou seja, os ricos estão mais ricos. A melhora na distribuição pessoal da renda (que exclui juros e lucros) vem acompanhada da piora da distribuição funcional, que coloca de um lado os salários e de outro, juros e lucros.” A grande obra do governo petista foi continuar com uma política de diminuir a parcela da renda nacional que vai para o bolso dos trabalhadores e aumentar a que vai para os patrões na forma de lucro. Em 1990 a parcela da renda nacional que ia para os empregados era de 58,2%, enquanto em 2003 ela chegou a 45,3%. E essa tendência continuou e se aprofundou sob o governo Lula.

O que mudou:

° Mais investimentos na área social

Um relatório do IBGE, do fim de novembro de 2005, afirma que o governo do presidente Lula estaria fazendo do Brasil um país menos desigual. Com base no PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), a FGV divulgou estudo mostrando que a taxa de miséria de 2004 caiu 8% em comparação a 2003, ano em que Lula tomou posse. Ainda segundo a PNAD, oito milhões de pessoas saíram da pobreza (classes D e E) ao longo do governo Lula. Isso se deve principalmente a criação de programas sociais como o Bolsa Família, Fome Zero e etc

° Incrementos no mercado interno

° Maior atuação na Política Federal

O Segundo mandato
Para seu segundo mandato, Lula conta com apoio de uma coalizão de doze partidos cujos presidentes ou líderes têm assento no Conselho Político, que se reúne periodicamente (normalmente a cada semana) com Lula. Além disso, PTdoB, PMN e PHS também fazem parte da base de apoio do governo no Congresso, totalizando quinze partidos governistas. Lula havia lançado, no dia da reeleição, a meta de crescimento do PIB a 5% ao ano para seu segundo mandato, da qual, aparentemente, recuou, pelo menos para o ano de 2007 (ainda assim foi atingida).

O ano de 2007 é marcado pela retomada da atividade em vários setores da economia, em virtude principalmente da recuperação da renda da população e pela expansão do crédito no país. maior para a agropecuária, com desempenho puxado pelo aumento do consumo interno de alimentos e da demanda internacional por commodities. As melhores condições de renda e crédito também impulsionaram o desempenho da indústria, com para os recordes de produção do setor automotivo, além do setor de construção civil, grande gerador de empregos no período. Com a retomada da atividade, o PIB brasileiro apresentou expansão de 5,4% em 2007, a maior taxa de crescimento desde 2004, quando houve crescimento de 5,7%. A partir da criação da Secretaria Nacional dos Portos, no dia 7 de maio de 2007, o governo passou a ter 37 ministérios.

No ano seguinte, quando o aquecimento da demanda e da atividade econômica nacional já geravam preocupações para o cumprimento das metas de inflação e obrigavam o Banco Central a apertar a política monetária por meio do aumento da taxa básica de juros, a crise financeira mundial originada nos Estados Unidos atingiu o Brasil no último trimestre. Como o primeiro semestre ainda havia apresentado um desempenho econômico forte, o PIB nacional terminou 2008 com uma taxa de expansão ainda relevante de 5,1%. Sob influência do impacto da crise financeira global, que trouxe aumento do desemprego no país no primeiro bimestre de 2009, a aprovação do governo Lula, que em dezembro de 2008 havia batido novo recorde, ao atingir, segundo a Pesquisa Datafolha, a marca de 70% de avaliação de "ótimo" ou "bom", sofreu queda em março de 2009, para 65%. Foi a primeira redução observada no segundo mandato do presidente.


A queda na avaliação positiva foi bastante efêmera, já que, logo no mês de maio de 2009, pesquisas voltaram a trazer crescimento na aprovação do governo, também em consequência da estabilidade do Brasil frente à crise econômica internacional. Na Pesquisa Datafolha publicada em 31 de maio do mesmo ano, a avaliação positiva voltou ao patamar de novembro, quando a taxa de aprovação do governo chegou ao recorde de 70%.

Em julho de 2010, conforme pesquisa Datafolha publicada no jornal Folha de São Paulo, a popularidade de Lula atingiu seu melhor valor desde 2003, sendo também a melhor popularidade entre todos os presidentes pesquisados a partir de 1990. 78% dos pesquisados apontaram o governo como ótimo ou bom.

No segundo mandato de Lula, pode-se detectar que alguns serviços públicos brasileiros vêm deixando a desejar em relação ao que eram no passado, como por exemplo os Correios, antigamente um símbolo de eficiência.. A situação das agências reguladoras de serviços públicos, como a Anac, que cuida da Aviação Civil, têm tido seguidos problemas, o que vem causando deficiências na qualidade do serviço aeroviário brasileiro

Mulheres no espaço público


Com Dilma assumindo a presidência, e se tornando assim a pimeira presidente do Brasil, as mulheres conseguiram uma maior participação no espçao público e outras atividades políticxas também.


Fonte: Wikipedia

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O que é tecnologia

Definimos tecnologia como conjunto de conhecimentos, metodos em istrumentos criados pelo ser humano.Essas criações tem uma funçõa pratica: dar ao homem maior dominio sobre a natureza.Conhecimentos anterior ao desenvolvimento cientifico não é tecnologia e sim tecnica.Já a tecnologia é transmitida de forma teorica e sistematica em geral em escolas especializadas.

A Globalização

A origem :
A globalização é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, social, cultural, política, que teria sido impulsionado pelo barateamento dos meios de transporte e comunicação dos países do mundo no final do século XX e início do século XXI. É um fenômeno gerado pela necessidade da dinâmica do capitalismo de formar uma aldeia global que permita maiores mercados para os países centrais (ditos desenvolvidos) cujos mercados internos já estão saturados. O processo de Globalização diz respeito à forma como os países interagem e aproximam pessoas, ou seja, interliga o mundo, levando em consideração aspectos econômicos, sociais, culturais e políticos. Com isso, gerando a fase da expansão capitalista, onde é possível realizar transações financeiras, expandir seu negócio até então restrito ao seu mercado de atuação para mercados distantes e emergentes, sem necessariamente um investimento alto de capital financeiro, pois a comunicação no mundo globalizado permite tal expansão, porém, obtêm-se como consequência o aumento acirrado da concorrência.

Suas consequencias :

*provoca uma grande homogeneização de hábitos e costumes do mundo, levando à perda de elementos das culturas locais e diluindo a identidade dos povos.

*enfraquece as fronteiras nacionais e facilita o livre-comércio, mas o fluxos comerciais mundiais estão sob controle das nações e empresas mais poderosas.

*aumenta a desigualdade social e econômica entre os países no mundo e também interamente em cada país, levando à concentração de randa.

*estimula uma concorrência feroz, já que a redução dos custos de produçao torna se essencial.

O que é divida externa e seus fatores :
Dívida externa é a somatória dos débitos de um país, resultantes de empréstimos e financiamentos contraídos no exterior pelo próprio governo, por empresas estatais ou privadas. Esses recursos podem ser provenientes de governos, entidades financeiras internacionais
Fatores :
-entrada de novos emprestimos;
-amortização da divida;
-pagamento de juros;
-taxas de juros no mercado internacional;

A situação do Brasil :
O Brasil faz parte do grupo de países emergentes que teve o crescimento de sua divida externa acelerado na decada de 90.Alguns veses o Brasil recorreu ao FMI para resolver dificuldades em suas contas extrernas.O aumento das exportações brasileiras fez crescerem suas reservas monetarias e dolares, permitiu a redução da divida externa, principalmente a do estado.Os pagamentos da divida que o Brasil vem fazendo e o comprimento das metas estabelecidas pelo FMI prejudicam a população, pois obrigariam o país a reduzir investimentos, principalmente nas áreas de saúde, educação e segurança.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O Plano Cruzado | Enfim, Eleições Diretas | O Governo Collor, a Decepção

Plano Cruzado

O Plano Cruzado foi um plano econômico lançado durante o governo de José Sarney. O plano foi criado em 1986 pelo ministro da Fazenda, pois o Brasil vivia um grande estado de euforia (grandes inflações, eleições, escassez de alguns produtos…).

As principais medidas tomadas pelo plano Cruzado foram:

- A moeda corrente brasileira que era o Cruzeiro foi transformada em Cruzado, seguido de sua valorização (O cruzado valia 1000 vezes mais);

- Congelamento dos preços em todo o varejo, os quais eram fiscalizados por cidadões comuns;

- Antecipação do salário minímo (O governo garantia a antecipação de parte do salário minímo visando assim estimular o consumo);

- Correção automática do salário para acompanhar a inflação.

O plano foi um fracasso, principalmente devido a:

- O principal motivo de fracasso do plano foi o congelamento de preços, que fez a rentabilidade dos produtores cairem para perto de zero quando não faziam os mesmos ter prejuízo, a falta de mobilidade de preços fez os produtos ficarem ausentes do mercados, foi a época dos consumidores fazerem estoque de produtos;

- O governo não era responsável o suficiente para controlar seus gastos, além de fazer o país perder grandes quantias de reserva internacional;

- A proximidade das eleições fez com que o governos tomasse algumas atitudes populistas, evitando tomar atitudes impopulares para garantir a sobrevida do plano Cruzado.

Bibliografia: http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/plano-cruzado/

Enfim, Eleições Diretas

Os atos institucionais e complementares impostos pelos militares foram revogados pela Emenda Constitucional nº 11/78, que também modificou as exigências para a organização dos partidos políticos.

A Emenda Constitucional nº 15 restabeleceu, em 19 de novembro de 1980, as eleições diretas para governador e senador, além de eliminar a figura do senador biônico.

A Lei nº 6.767 de 20 de dezembro de 1979 restabeleceu o pluripartidarismo, marcando o início de uma nova abertura política. A sociedade mobilizou-se por mudanças políticas e foi às ruas pedir a redemocratização do país. Durante o regime de exceção, o primeiro presidente civil, Tancredo Neves, foi eleito indiretamente em 1985, por meio de um colégio eleitoral.

A Constituição de 1988 estipulou que um plebiscito definiria a forma (República ou Monarquia) e o sistema de governo brasileiro (parlamentarismo ou presidencialismo). Ficou decidido que o presidente, governadores e prefeitos das cidades com mais de 200 mil eleitores fossem eleitos por maioria absoluta ou em dois turnos.

O mandato presidencial seria de cinco anos, sem possibilidade de reeleição. E o voto tornou-se obrigatório para os maiores de 18 anos e facultativos para idosos acima de 70 anos e jovens de 16 e 17 anos.

Emendas constitucionais reduziram o mandato presidencial para quatro anos, mas passaram a permitir a reeleição dos chefes do Executivo para um período subseqüente .

Bibliografia: http://www.brasil.gov.br/sobre/cidadania/eleicoes-2010/historia/historia

Governo Collor, a Decepção

Após quase trinta anos sem eleições diretas para Presidente da República, os brasileiros puderam votar e escolher um, entre os 22 candidatos que faziam oposição ao atual presidente José Sarney. Após uma campanha agitada, com trocas de acusações e muitas promessas, Fernando Collor de Mello venceu seu principal adversário, Luís Inácio Lula da Silva.

Collor conquistou a simpatia da população, que o elegeu com mais de 42% dos votos válidos. Seu discurso era de modernização e sua própria imagem validou a idéia de renovação. Collor era jovem, bonito e prometia acabar com os chamados “marajás”, funcionários públicos com altos salários, que só oneravam a administração pública.

Sua primeira medida, ao tomar posse, foi anunciar seu pacote de modernização administrativa e vitalização da economia, através do plano Collor, que previa, entre outras coisas:

- Volta do Cruzeiro como moeda;
- Congelamento de preços e salários;
- Bloqueio de contas correntes e poupanças no prazo de 18 meses;
- Demissão de funcionários e diminuição de órgãos públicos;

O objetivo deste plano, segundo Collor, era conter a inflação e cortar gastos desnecessários do governo. Porém, estas medidas não tiveram sucesso, causando profunda recessão, desemprego e insatisfação popular.

Trabalhadores, empresários, foram surpreendidos com o confisco em suas contas bancárias. O governo chegou a bloquear em moeda nacional o equivalente a oitenta bilhões de dólares.

O governo Collor também deu início às privatizações das estatais e à redução das tarifas alfandegárias. Com produtos importados a preços menores, a indústria nacional percebeu a necessidade de se modernizar e correr atrás do prejuízo.

Seis meses após o primeiro pacote econômico, Collor lançou um segundo plano, o Collor II, que também previa a diminuição da inflação e outros cortes orçamentários. Mas, novamente, não obteve êxito e só fez aumentar o descontentamento da população.

A ministra da Economia, não suportou a pressão e em maio de 1991 pediu demissão do cargo. Em seu lugar, assumiu Marcílio Marques Moreira, até então embaixador do Brasil, em Washington. Marcílio não lançou nenhuma medida de impacto. Sua proposta era liberar os preços e salários gradualmente, porém não teve bons resultados.

A esta altura, surgiram várias denúncias de corrupção na administração Collor, envolvendo ministros, amigos pessoais e até mesmo a primeira dama, Rosane Collor. Paulo César Farias, ex-tesoureiro da campanha e amigo do presidente, foi acusado de tráfico de influência, lavagem e desvio de dinheiro.

Em entrevista à revista Veja, Pedro Collor, irmão do presidente, foi quem revelou os esquemas, que envolviam também Fernando Collor. A notícia caiu como uma bomba. A população, já insatisfeita com a crise econômica e social, revoltou-se contra o governo.

Foi instalada uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), a fim de investigar a participação de Collor no esquema chefiado por PC Farias. Num ato desesperado para salvar seu mandato, Collor fez um discurso em rede nacional e pediu para que os brasileiros fossem às ruas, vestidos de verde e amarelo, em gesto de apoio ao presidente. Realmente, o povo foi às ruas, mas vestido de preto e exigindo o impeachment de Collor.

No dia 29 de setembro de 1992 a Câmara dos Deputados se reuniu para votar o impeachment do presidente, ou seja, sua destituição do cargo. Foram 441 votos a favor do impeachment e somente 38 contra. Era o fim do “caçador de marajás”. No lugar de Collor, assumiu o vice-presidente, Itamar Franco.

Bibliografia: http://www.infoescola.com/politica/governo-collor/

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Verbo: Emprego dos tempos do indicativo, subjuntivo e imperativo

Indicativo

O modo indicativo é quando o falante tem a certeza de sua atitude; o fato é ou será uma realidade. O modo indicativo tem divisões e subdivisões nos casos do pretérito e do futuro. Observe:

• Presente
• Pretérito: perfeito, imperfeito, mais-que-perfeito.
• Futuro: do presente, do pretérito.

Vejamos a seguir a maneira de usá-los, separadamente:

O modo indicativo presente assinala:

• Um fato que ocorre no momento em que se fala: A campainha toca demais.
• Um fato passado, mas que reflete um presente histórico: Rachel de Queiroz falece aos 4 de novembro de 2003, aos 90 anos.
• Uma ação habitual: Ando dois quilômetros todos os dias.
• Uma verdade universal: A terra é redonda.
• Fatos futuros, porém não muito: Ligo para você, assim que chegar em casa.
• Com valor imperativo, uma ordem, pedido: Façam silêncio!

O modo indicativo pretérito assinala:

Pretérito perfeito:

• Um fato concluído: Comprei uma bicicleta.
• Uma ação que se prolonga até o momento presente (forma composta): Tenho trabalhado até tarde.

Pretérito imperfeito:

• Um fato contínuo, habitual, permanente: Ela comprava além do necessário.
• Um fato passado que tem imprecisão quanto ao tempo: Era uma vez uma menina que morava no alto da colina.
• Uma ação que acontece em relação a um fato passado: Eu dormia quando você entrou pela porta e me acordou.

Pretérito mais-que-perfeito:

• Uma ação passada ocorrida anterior a outra também no passado: Ele já realizara (tinha realizado) a prova quando você chegou para buscá-lo.
• Um desejo: Quem me dera poder voar!

O modo indicativo futuro assinala:

Futuro do presente:

• Um fato futuro que poderá ocorrer posterior ao momento da fala: Amanhã, visitarei minha avó.
• Dúvida a respeito de um fato presente: Ele terá uma surpresa boa esta manhã? Sim.

Futuro do pretérito:

• Um fato futuro em relação a uma ação passada: Eu poderia emprestar dinheiro se não tivesse gastado.
• Uma ação futura, porém duvidosa: Seria realmente necessário ter guerras?
• Fato presente: Daria para você fechar a porta porque estou tentando dormir!

Bibliografia: http://www.mundoeducacao.com.br/gramatica/os-tempos-indicativo.htm

Subjuntivo

O modo subjuntivo é utilizado para indicar um fato incerto, exprime condição, incerteza e dúvida.
Uma característica particular desse modo verbal é sua dependência em relação a outro verbo. Logo, é muito comum ver o modo subjuntivo em orações subordinadas.

O modo subjuntivo tem divisões e subdivisão no caso do pretérito. Observe:

• Presente
• Pretérito: perfeito, imperfeito, mais-que-perfeito.
• Futuro

Veja a seguir a maneira de usá-los e tire suas dúvidas.

O modo subjuntivo presente assinala:

• Uma ação duvidosa, incerta, que poderá ser realizada ou não: Quem sabe ela venha na reunião?
• Um desejo, uma vontade: Então, que você seja muito feliz no seu novo colégio.

O modo subjuntivo pretérito assinala:

Pretérito perfeito: Só ocorre na forma composta.

• Uma ação passada em relação à outra também no passado: Espero que você tenha encontrado felicidade em seu novo colégio.
• Uma ação que poderia ter acontecido no passado: Acredito que ela tenha observado a planta da nova casa.

Pretérito imperfeito:

• Um fato que exprime condição e está associado com o futuro do pretérito do indicativo: Se você tivesse dinheiro, compraria uma loja.

Pretérito mais-que-perfeito: Só ocorre na forma composta.

• Uma ação passada ocorrida em relação à outra também no passado: Se você estivesse de casaco, poderíamos ter ficado até mais tarde.
• Uma ação que poderia ter ocorrido: Se ele não fosse tão severo, gostaríamos de ter feito uma festa surpresa.

O modo subjuntivo futuro assinala:

• Uma ação possível ou uma condição: Se você estiver disponível, faremos a reunião amanhã.
• Um fato no futuro em relação a outro fato no futuro (na forma composta): Quando você tiver terminado sua redação, avise a professora.

Bibliografia: http://www.mundoeducacao.com.br/gramatica/os-tempos-subjuntivo.htm

Imperativo

O modo Imperativo expressa ordem, pedido ou conselho.
Observe:

Caminhe todos os dias, para a saúde melhorar.
Estude no colégio.
Confie em mim!

Imperativo afirmativo

Tu e Vós: conjuga-se o verbo no presente do indicativo, retirando-se a letra s. Exemplo:

Todos os dias tu estudas (retirando-se a letra s: Estuda tu).
Todos os dias vós estudais (retirando-se o s: Estudai vós).
A exceção é o verbo "ser": sê tu, sede vós.

Você, nós e vocês: conjuga-se o verbo no presente do subjuntivo. O imperativo afirmativo é idêntico a ele para essas três pessoas:

Espero que você estude: Estude você.
Espero que nós estudemos: Estudemos nós.
Espero que vocês estudem: Estudem vocês.

Imperativo negativo

Todas as pessoas coincidem com o presente do subjuntivo:

Não estudes tu,
não estude você,
não estudemos nós,
não estudeis vós,
não estudem vocês.

Bibliografia: http://educacao.uol.com.br/portugues/ult1693u86.jhtm

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Diretas Já

Diretas Já foi um dos movimentos de maior participação popular, da história do Brasil. Teve início em 1983, no governo de João Batista Figueiredo e propunha eleições diretas para o cargo de Presidente da República. A campanha ganhou o apoio dos partidos PMDB e PDS, e em pouco tempo, a simpatia da população, que foi às ruas para pedir a volta das eleições diretas.

Sob o Regime Militar desde 1964, a última eleição direta para presidente fora em 1960. A Ditadura já estava com seus dias contados. Inflação alta, dívida externa exorbitante, desemprego, expunham a crise do sistema. Os militares, ainda no poder, pregavam uma transição democrática lenta, ao passo que perdiam o apoio da sociedade, que insatisfeita, queria o fim do regime o mais rápido possível.

Em 1984, haveria eleição para a presidência, mas seria realizada de modo indireto, através do Colégio Eleitoral. Para que tal eleição transcorresse pelo voto popular, ou seja, de forma direta, era necessária a aprovação da emenda constitucional proposta pelo deputado Dante de Oliveira (PMDB – Mato Grosso).

A cor amarela era o símbolo da campanha. Depois de duas décadas intimidada pela repressão, o movimento das Diretas Já ressuscitou a esperança e a coragem da população. Além de poder eleger um representante, a eleição direta sinalizava mudanças também econômicas e sociais. Lideranças estudantis, como a UNE (União Nacional dos Estudantes), sindicatos, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores), intelectuais, artistas e religiosos reforçaram o coro pelas Diretas Já.

Foram realizadas várias manifestações públicas. Mas dois comícios marcaram a campanha, dias antes de ser votada a emenda Dante de Oliveira. Um no Rio de Janeiro, no dia 10 de abril de 1984 e outro no dia 16 de abril, em São Paulo. Aos gritos de Diretas Já! mais de um milhão de pessoas lotou a praça da Sé, na capital paulista.

Uma figura de destaque deste movimento foi Ulysses Guimarães (PMDB), apelidado de “o Senhor diretas”. Outros nomes emblemáticos da campanha foram o atual presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, a cantora Fafá de Belém e o apresentador Osmar Santos.

No dia 25 de abril de 1984, o Congresso Nacional se reuniu para votar a emenda que tornaria possível a eleição direta ainda naquele ano. A população não pode acompanhar a votação dentro do plenário. Os militares temendo manifestações reforçaram a segurança ao redor do Congresso Nacional. Tanques, metralhadoras e muitos homens sinalizavam que aquela proposta não era bem-vinda.

Para que a emenda fosse aprovada, eram necessários 2/3 dos votos. A expectativa era grande. Foram 298 votos a favor e 65 contra e 3 abstenções (outros 112 deputados não compareceram). Para ser aprovada, a proposta precisava de 320 votos.

Com o fim do sonho, restava ainda a eleição indireta, quando dois civis disputariam o cargo. Paulo Maluf (PDS) e Tancredo Neves (PMDB) foram os indicados. Com o apoio das mesmas lideranças das Diretas Já, Tancredo Neves venceu a disputa

Fonte: http://www.infoescola.com/historia/diretas-ja/

Cultura Brasileira nos Anos 60 e 70: Trevas e Luzes

Tropicália : A Tropicália, Tropicalismo ou Movimento tropicalista foi um movimento cultural brasileiro que surgiu sob a influência das correntes artísticas de vanguarda e da cultura pop nacional e estrangeira (como o pop-rock e o concretismo); misturou manifestações tradicionais da cultura brasileira a inovações estéticas radicais. Tinha objetivos comportamentais, que encontraram eco em boa parte da sociedade, sob o regime militar, no final da década de 1960. O movimento manifestou-se principalmente na música (cujos maiores representantes foram Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Torquato Neto, Os Mutantes e Tom Zé ]); manifestações artísticas diversas, como as artes plásticas, o cinema (o movimento sofreu influências e influenciou o Cinema novo de Gláuber Rocha) e o teatro brasileiro (sobretudo nas peças anárquicas de José Celso Martinez Corrêa). Um dos maiores exemplos do movimento tropicalista foi uma das canções de Caetano Veloso, denominada exatamente de "Tropicália".

-------------------------------------------------------------------------------------------------

Cinema Novo : Jovens frustrados com a falência das grandes companhias cinemagráficas paulistas resolveram lutar por um cinema com mais realidade, mais contéudo e menor custo. Vai nascendo o Cinema Novo.

Tudo começa em 1952 com o I Congresso Paulista de Cinema Brasileiro e o I Congresso Nacional do Cinema Brasileiro. Por meio desses congressos, foram discutidas novas idéias para a produção de filmes nacionais. Uma nova temática de obras já começa a ser abordada e concluída mais adiante, por uma nova fase do cinema que se concretiza na década de 50.
Essa nova fase pôde ser bem refletida a partir do filme Rio, 40 Graus(1955), de Nelson Pereira dos Santos. As propostas do neo-realismo italiano que Alex Vinny vinha divulgando, foram a inspiração do autor do filme.

Um trecho do livro A Fascinante Aventura do Cinema Brasileiro(1981), de Carlos Roberto de Souza, expressa bem quais eram as pretensões do cinema nessa época: "Rio, 40 Graus, era um filme popular, mostrava o povo ao povo, suas idéias eram claras e sua linguagem simples dava uma visão do Distrito Federal. Sentia-se pela primeira vez no cinema brasileiro o desprezo pela retórica. O filma foi realizado com um orçamento mínimo e ambientado em cenários naturais: o Maracanã, o Corcovado, as favelas, as praças da cidade, povoada de malandros, soldadinhos, favelados, pivetes e deputados". Surgia o Cinema Novo.

Empolgados com essa onda neo-realista e frustrados com a falência dos grandes estúdios paulistas, cineastas do Rio de Janeiro e da Bahia, resolveram elaborar novos ideais ao cinema brasileiro. Tais ideais, agora, seriam totalmente contrários aos caríssimos filmes produzidos pela Vera Cruz e aversos às alienações culturais que as chanchadas refletiam.

O que esses jovens queriam era a produção de um cinema barato, feito com "uma câmera na mão e uma idéia na cabeça". Os filmes seriam voltados à realidade brasileira e com uma linguagem adequada à situação social da época. Os temas mais abordados estariam fortemente ligados ao subdesenvolvimento do país.

Outra característica dos filmes durante o cinema novo é que eles tinham imagens com poucos movimentos, cenários simplórios e falas mais longas do que o habitual. Muitos ainda eram rodados em preto e branco.

-------------------------------------------------------------------------------------------------

As Musicas e os Festivais : O SWU Music and Arts Festival é o grande marco de celebração do movimento. Uma experiência memorável que vai combinar música e arte nos dias 9, 10 e 11 de outubro na Fazenda Maeda, localizada no município de Itu, a cerca de 70 km de São Paulo. O evento ocupará um espaço de arena de 200 mil metros quadrados e está preparado para receber milhares de pessoas ao longo dos seus 3 dias de duração.

E não é só de boa música que será feito o SWU. O movimento trará também para os seus participantes, ao longo dos três dias de duração do evento, o Fórum Sustentável, palco onde especialistas, pensadores, políticos, empresários e representantes de entidades não governamentais discutirão com o público alguns dos principais temas da sustentabilidade no século 21.

-------------------------------------------------------------------------------------------------

Metáforas para Driblar a censura : Analisar as mensagens contra o regime militar, presentes nas metáforas das composições da MPB, durante o período de vigência do Ato Institucional nº5, foi o objetivo de pesquisa que resultou na dissertação “A MPB como recipiente de protestos contra a ditadura militar: as metáforas, carregadas de vozes contra o regime autoritário”. O trabalho foi defendido em março de 2007 por Claudio José Bernardo, no Instituto de Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e investigou as metáforas presentes nas músicas e de que forma as mensagens implícitas se materializaram nas composições de Chico Buarque de Hollanda.

Segundo o autor, o movimento que se autointitula MPB teria surgido da bossa nova no ano de 1959 e conquistado os meios intelectuais da época. “Ao longo de 1959, a bossa nova ganhou as universidades do Rio e de São Paulo. Shows eram feitos com freqüência na Faculdade de Arquitetura de São Paulo e na PUC-RJ”, escreve na dissertação.

Porém, alguns intérpretes e compositores de bossa nova como Geraldo Vandré, Sérgio Ricardo e Nara Leão, insatisfeitos com um modelo de música feito “de um grupinho para outro grupinho”, teriam se transferido para espaços mais populares, como teatros, praças públicas e auditórios, divulgando as chamadas canções de protesto, ou seja, canções politicamente engajadas.
Cláudio afirma que o primeiro festival “aconteceu em 1960 e foi organizado pela TV Record, mas foi inexpressivo. A grande época dos festivais seria iniciada mesmo a partir de 1965, dentro do período da repressão militar”.

De acordo com o texto, no 3º festival de música popular brasileira, em 1967, novos agentes entraram em cena: se de um lado o tropicalismo trouxe muitas novidades e um forte apelo visual, do outro a censura se mostrava cada vez mais atenta e as letras tinham que ser enviadas para análise em orgãos do Governo Federal, “que convocava os compositores e sugeria mudanças nas letras, caso elas tivessem algum indício de subversão ou atentado à moral e aos bons costumes”.

A instituição do AI-5, no dia 13 de dezembro de 1968, consolidou o crescente cerco e perseguição aos compositores das canções de protesto. “Mal havia terminado o 4º festival, Caetano Veloso e Gilberto Gil foram detidos para prestar esclarecimentos”, diz o autor. Ambos foram para Londres, depois de terem sido “gentilmente aconselhados” a deixar o país; em seguida Chico foi para Itália e Geraldo Vandré para o Chile. “Sem a presença dos grandes nomes da música, os festivais organizados a partir de 1969 perderam o tom de protesto”, esclarece Cláudio José.
A partir de então, segundo o autor, passou a haver uma batalha entre a percepção da censura e a os mecanismos usados para driblá-la. Sobre os teóricos utilizados para abordar os mecanismos metafóricos – Lakoff e Johnson – , o autor afirma que ambos “mudam o paradigma do estudo da metáfora. Para eles, a metáfora faz parte de nosso dia-a-dia e vivemos imersos em universos metafóricos, tanto que nem somos capazes de perceber”.

Sob esta perspectiva, o pesquisador analisou 20 letras de Chico Buarque, entre elas Apesar de você, Samba de Orly, Construção, Deus lhe pague, Cordão, Bom conselho, Sonho impossível, Partido alto, Meu caro amigo e Cálice. Apresentadas e avaliadas separadamente por ele, cada uma tem uma abordagem específica, desenvolvida a partir de sua temática e de sua gama de sentidos.

Para Cláudio, as metáforas não foram a única ferramenta utilizada para driblar a censura. Citando a historiadora Maria Clara Wasserman, ele detalha ferramentas como “utilização de palavras ambíguas (Cálice), inversões irônicas (Deus lhe pague), pseudônimos (Julinho de Adelaide e Leonel Paiva) e ainda construções de versos dotados de duplo sentido (Corrente)” , que integravam o arsenal utilizado para camuflar as mensagens presentes nas composições.
Muitas delas estruturariam uma idéia de “presente sufocado” em confronto com as idéias eufóricas e ufanistas difundidas pelo regime autoritário. Quando retornou de seu exílio na Itália, em 1970, Chico encontrou uma realidade muito pior do que a que deixara para trás: “a tortura e o desaparecimento de pessoas contrárias ao regime do general Médici eram uma constante”,diz a dissertação.

Neste contexto, a música Apesar de você “passou” pela censura e circulou até que, quando o compacto que a continha já atingia a marca de 100 mil cópias, um jornal insinuou que esta fazia alusão ao presidente Médici. Cláudio José afirma que “a gravadora foi invadida, as cópias destruídas”. Quando interrogado, o compositor disse que a letra referia-se à “uma mulher muito mandona, muito autoritária”, acrescenta.

Para Claudio, a criatividade e a riqueza presentes nas metáforas foram, de certa forma, conseqüência da própria censura. “Se alguém me faz subversivo é a própria Censura. Porque eu quero dizer as coisas claramente. Não quero ser sub não”, declarou Chico Buarque na Revista Bondinho, em 1971, como assinala o pesquisador em sua dissertação.

Fonte: http://paulo-v.sites.uol.com.br/cinema/cinemanovo.htm